Missa do Crisma

 
QUINTA-FEIRA DA SEMANA SANTA

Segundo antiquíssima tradição da Igreja, proíbe-se neste dia qualquer Missa sem povo.

MISSA DO CRISMA

A bênção do óleo dos enfermos, do óleo dos catecúmenos e a consagração do Crisma são feitas pelo Bispo conforme o rito descrito no Pontifical Romano, normalmente na Quinta-feira da Semana Santa, na Missa própria, a ser celebrada pela manhã.

Se for difícil reunir o clero e o povo com o Bispo neste dia, pode-se antecipar a Missa do Crisma; sempre, porém, nas proximidades da Páscoa.

Esta Missa, que o Bispo concelebra com seu presbitério, seja um sinal de comunhão dos presbíteros com seu Bispo. Convém, portanto, que todos os presbíteros, tanto quanto possível, participem dela, e nela comunguem também sob duas espécies. Para exprimir a unidade do presbitério da diocese, os presbíteros que concelebram o Bispo sejam de várias regiões da diocese.

Conforme o costume tradicional, a bênção do óleo dos enfermos é feita antes de terminar a Oração Eucarística, e a bênção do óleo dos catecúmenos e a consagração do Crisma, depois da Comunhão. Entretanto, por tazões pastorais, pode-se realizar todo o rito da bênção depois da liturgia da Palavra.

Antífona da entrada (Ap 1,6)
Jesus Cristo fez de nós um reino, sacerdotes para seu Deus e Pai, a ele a glória e o poder, em eternidade. Amém.

Diz-se o Glória.

Coleta
Ó Deus, que ungistes o vosso Filho único com o Espírito Santo e o constituístes Cristo e Senhor, concedei que, participando da sua consagração, sejamos no mundo testemunhas da redenção que ele nos trouxe. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
 
Primeira leitura (Is 61, 1-3a. 6ª. 8b-9)
Leitura do Livro do Profeta Isaías.
O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu; enviou-me para dar a boa nova aos humildes, curar as feridas da alma, pregar a redenção para os cativos e a liberdade para os que estão presos; para proclamar o tempo da graça do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; para consolar todos os que choram, para reservar e dar aos que sofrem por Sião uma coroa, em vez de cinza, o óleo da alegria, em vez da aflição. Vós sois os sacerdotes do Senhor, chamados ministros de Deus. Eu os recompensarei por suas obras segundo a verdade, e farei com eles uma aliança perpétua. Sua descendência será conhecida entre as nações, e seus filhos se fixarão no meio dos povos; quem os vir há de reconhecê-los como descendentes abençoados por Deus.
Palavra do Senhor.

Salmo responsorial (Sl 88)
— Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor. 
 Encontrei e escolhi a Davi, meu servidor, e o ungi, para ser rei, com meu óleo consagrado. Estará sempre com ele minha mão onipotente, e meu braço poderoso há de ser a sua força.
— Minha verdade e meu amor estarão sempre com ele, sua força e seu poder por meu nome crescerão. Ele, então, me invocará: Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu Rochedo onde encontro a salvação!
 
Segunda leitura (Ap 1, 5-8)
Leitura do Livro do Apocalipse de São João.
A vós graça e paz da parte de Jesus Cristo, a testemunha fiel, o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, o soberano dos reis da terra. A Jesus, que nos ama, que por seu sangue nos libertou dos nossos pecados e que fez de nós um reino, sacerdotes para seu Deus e Pai, a ele a glória e o poder, em eternidade. Amém. Olhai! Ele vem com as nuvens, e todos os olhos o verão - também aqueles que o traspassaram. Todas as tribos da terra baterão no peito por causa dele. Sim. Amém! “Eu sou o Alfa e o Ômega”, diz o Senhor Deus, “aquele que é, que era e que vem, o Todo-poderoso”.
Palavra do Senhor.

Aclamação ao Evangelho
Louvor e honra a vós, Senhor Jesus.
O Espírito do Senhor repousa sobre mim, me envia aos pobres para fazer a feliz proclamação!

Evangelho (Lc 4, 16-21)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas.
Naquele tempo, Jesus foi à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor”. Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”.
Palavra da Salvação.

Depois da leitura do Evangelho, o Bispo faz a homilia a partir dos textos proclamados na Liturgia da Palavra. Explica ao povo e aos presbíteros a unção sacerdotal, exortando os presbíteros a serem fiéis em sua missão e os convida a renovar publicamente suas promessas sacerdotais.

RENOVAÇÃO DAS PROMESSAS SACERDOTAIS

Ⓔ O Bispo faz a renovação das promessas sacerdotais de mitra e báculo, sentado na cátedra ou em pé.

Terminada a homilia, o Bispo dirige-se aos presbíteros usando estas palavras ou outras semelhantes:
Pres.: Filhos caríssimos, celebrando a cada ano o dia em que o Senhor Jesus comunicou o seu sacerdócio aos Apóstolos e a nós, quereis renovar as promessas que um dia fizestes perante o vosso Bispo e o povo santo de Deus?
Os presbíteros respondem juntos: Quero.

Pres.: Quereis unir-vos e conformar-vos mais estreitamente ao Senhor Jesus, renunciando a vós mesmos e confirmando os compromissos do sagrado ministério que, levados pelo amor do Cristo, alegremente assumistes com a Igreja, no dia da vossa ordenação presbiteral?
Os presbíteros: Quero.

Pres.: Quereis ser fiéis dispensadores dos mistérios de Deus pela celebração da Eucaristia e demais ações litúrgicas, cumprir com fidelidade a missão de ensinar e seguir o Cristo Cabeça e Pastor, não levados pela ambição de bens materiais, mas apenas pelo amor aos irmãos e irmãs?
Os presbíteros: Quero.

Ⓔ O Bispo depõe o báculo e a mitra. Se estiver sentado, levanta-se.

Em seguida, voltando-se para a assembleia, o Bispo prossegue:
Pres.: E vós, caríssimos filhos e filhas, rezai pelos vossos presbíteros, para que o Senhor derrame copiosamente sobre eles os seus dons, e, como fiéis ministros do Cristo, Sumo Sacerdote, vos conduzam àquele que é a fonte da salvação.
℟.: Cristo, ouvi-nos. Cristo, atendei-nos.

Pres.: Orai também por mim, para que eu seja fiel à missão apostólica confiada à minha fraqueza e me torne entre vós imagem viva e cada dia mais perfeita do Cristo Sacerdote, Bom Pastor, Mestre e Servo de todos.
℟.: Cristo, ouvi-nos. Cristo, atendei-nos.

Pres.: Deus nos guarde a todos em seu amor, e nos conduza, todos juntos, pastores e ovelhas, à vida eterna.
℟.: Amém.

Não se diz o Creio.

Omite-se a oração dos fiéis, pois a mesma já foi realizada na conclusão da Renovação das promessas sacerdotais.

Ⓔ O Bispo recebe a mitra.
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BÊNÇÃO DOS ÓLEOS
DOS ENFERMOS E DOS CATECÚMENOS
E CONSAGRAÇÃO DO CRISMA

PREPARATIVOS ANTES DA MISSA

Conforme o costume tradicional da liturgia latina, a bênção do óleo dos enfermos é feita antes de terminar a Oração Eucarística, e a bênção do óleo dos catecúmenos e a consagração do Crisma, depois da Comunhão. Entretanto, por razões pastorais, pode-se realizar todo o rito da bênção depois da liturgia da Palavra, observando-se o rito seguinte.

Para a bênção dos óleos, além do necessário para a Missa, deve-se preparar:
Na sacristia ou em outro lugar apropriado:
- os vasos com os óleos;
- os perfumes para a confecção do crisma, se o próprio Bispo quiser fazer a mistura na ação litúrgica;
- o pão, o vinho e a água para a Missa, que são levados com os óleos antes da preparação das oferendas.

No presbitério:
- Uma mesa para receber os vasos de óleo, colocada de modo que o povo possa seguir perfeitamente toda a ação sagrada e dela participar;
- a cadeira para o Bispo, se a bênção se realizar diante do altar.

RITO DA BÊNÇÃO

A Missa do Crisma é sempre concelebrada. Convém que, entre os presbíteros que a concelebram com o Bispo e são seus representantes e cooperadores no ministério do santo Crisma, encontrem-se sacerdotes das várias regiões da diocese.

A preparação do Bispo dos concelebrantes e dos outros ministros, sua entrada na igreja e todos os ritos desde o início da Missa até o fim da liturgia da Palavra, realizam-se como está indicado no rito de concelebração.

Os diáconos que tomam parte da bênção dos óleos precedem os presbíteros concelebrantes na procissão de entrada.

Os diáconos e ministros designados para levar os óleos ou, na falta deles, alguns presbíteros e ministros, e os fiéis que vão levar o pão, o vinho e a água, dirigem-se em ordem à sacristia ou ao lugar onde os óleos e as outras oferendas foram preparados. Voltam ao altar na seguinte ordem: primeiro, o ministro que leva o vaso com perfumes se o próprio Bispo quiser confeccionar o Crisma; em seguida, um ministro com o vaso de óleo dos catecúmenos; outro com o vaso do óleo dos enfermos; por fim, o óleo para o Crisma, levado por um diácono ou presbítero. Seguem-se, ainda, os ministros que levam o pão, o vinho e a água para a celebração da Eucaristia.

Enquanto a procissão caminha pela igreja, o coro, ao qual todos respondem, canta o hino Acolhei, ó Redentor ou outro canto apropriado, em vez do canto da preparação das oferendas.

Acolhei, ó Redentor,
nossos hinos de louvor!
 
O óleo a ser consagrado
desceu do tronco fecundo;
phor nós vai ser ofertado
a quem salvou este mundo.
 
Acolhei, ó Redentor,
nossos hinos de louvor!
 
Quem na fraqueza se abisma
seja em vigor restaurado,
graças à unção deste crisma
que o faz do cristo soldado.
 
Acolhei, ó Redentor,
nossos hinos de louvor!
 
Quem, no batismo lavado,
a fronte ao crisma oferece,
já pela graça habitado
com estes dons se enriquece.
 
Acolhei, ó Redentor,
nossos hinos de louvor!
 
Do Pai à Virgem descido,
de novo ao Pai regressais
e o Amigo, então prometido,
às nossas almas mandais.
 
Acolhei, ó Redentor,
nossos hinos de louvor!
 
Seja festivo este dia,
dele se faça a memória;
óleo de santa alegria
já nos promete a vitória!
 
Acolhei, ó Redentor,
nossos hinos de louvor!

Chegando ao altar ou à cadeira, o Bispo recebe as oferendas. O diácono que leva o vaso para o Santo Crisma apresenta-se ao Bispo, dizendo em voz alta: Eis o óleo para o Santo Crisma. O Bispo recebe o óleo e entrega-o a um dos diáconos ajudantes, que o coloca sobre a mesa preparada. Fazem o mesmo os que levam os vasos dos óleos dos enfermos e dos catecúmenos. O primeiro diz: Eis o óleo dos enfermos, e o outro: Eis o óleo dos catecúmenos. O Bispo os recebe e os ministros os colocam sobre a mesa.
Ⓑ Por fim, o Bispo recebe o pão, o vinho e a água para a celebração da Eucaristia.

A Missa prossegue conforme o rito de concelebração até o fim da Oração Eucarística, exceto se todo o rito da bênção se realizar logo em seguida. Neste caso, tudo se faz conforme o disposto adiante.

Ⓔ Se a bênção se fizer após a liturgia da Palavra, o Bispo depõe a mitra.
 
BÊNÇÃO DO ÓLEO DOS ENFERMOS

Antes de o Bispo dizer ''Por ele não cessais de criar'' na Oração Eucarística I, ou a doxologia Por Cristo nas outras orações Eucarísticas, o portador do vaso com o óleo dos enfermos leva-o ao altar e o mantém diante do Bispo, enquanto este benze o óleo, dizendo a oração:
Pres.: Ó Deus, Pai de toda consolação, que pelo vosso Filho quisestes curar os males dos enfermos, atendei à oração de nossa fé: enviai do céu o vosso Espírito Santo Paráclito sobre este óleo generoso, que por vossa bondade a oliveira nos fornece para alívio do corpo, a fim de que pela vossa santa + bênção seja para todos que com ele forem ungidos proteção do corpo, da alma e do espírito, libertando-os de toda dor, toda fraqueza e enfermidade. Dignai-vos abençoar para nós, ó Pai, o vosso óleo santo, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
(Que convosco vive e reina pelos séculos dos séculos. ℟.: Amém.)
Só se diz a conclusão quando a bênção não for dada na Oração Eucarística.
 
Terminada a bênção, o vaso com o óleo dos enfermos é recolocado em seu lugar e a Missa prossegue até a comunhão.
 
BÊNÇÃO DO ÓLEO DOS CATECÚMENOS

Concluída a oração depois da Comunhão, os vasos com os óleos a serem abençoados são colocados pelos ministros sobre uma mesa preparada no meio do presbitério. O Bispo, cercado pelos presbíteros concelebrantes em forma de coroa, enquanto os outros ministros permanecem atrás, procede, se for o caso, à bênção do óleo dos catecúmenos e em seguida à consagração do crisma.
 
O Bispo, de pé e voltado para o povo, diz de braços abertos a seguinte oração:
Pres.: Ó Deus, força e proteção de vosso povo, que fizestes do óleo, vossa criatura, um sinal de fortaleza: dignai-vos abençoar + este óleo, e concedei o dom da força aos catecúmenos que com ele forem ungidos; para que, recebendo a sabedoria e virtude divinas, compreendam mais profundamente o Evangelho do vosso Cristo, sejam generosos no cumprimento dos deveres cristãos e, dignos da adoção filial, alegrem-se por terem renascido e viverem em vossa Igreja. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

CONSAGRAÇÃO DO CRISMA

O Bispo derrama os perfumes no óleo e confecciona o Crisma em silêncio, a não ser que já tenha sido preparado. Ⓔ Se for confeccionar o Crisma, o faz de mitra, mas a depõe logo antes de iniciar o convite:
 
Em seguida, convida a assembleia a orar, dizendo:
Pres.: Meus irmãos e minhas irmãs, roguemos a Deus Pai todo–poderoso que abençoe e santifique este Crisma para que recebam uma unção interior e tornem-se dignos da divina redenção os que forem ungidos em suas frontes.
 
O Bispo, se for oportuno, sopra sobre o vaso do crisma e diz, de braços abertos, uma das orações de consagração:

1.

Pres.: Ó Deus, autor de todo crescimento e todo progresso espiritual, recebei com bondade a homenagem que a Igreja, pela nossa voz, vem prestar-vos com alegria. Fizestes no princípio que a terra produzisse árvores frutíferas, e entre elas a oliveira, cujos frutos fornecem este óleo tão rico com que se prepara o Santo Crisma. E Davi, antevendo com espírito profético os sacramentos da vossa graça, cantou a nossa alegria ao sermos ungidos pelo óleo. Nas águas do dilúvio, ao serem lavados os pecados do mundo, uma pomba anunciou a paz restituída à terra, trazendo um ramo de oliveira, imagem do futuro dom, que agora se manifesta claramente, pois, apagada toda mancha de culpa pelas águas do Batismo, esta unção de óleo nos traz às nossas faces a serenidade e a alegria. Também mandastes que vosso servo Moisés, pela infusão deste óleo, constituísse sacerdote seu irmão Aarão, já purificado pela água. E a tudo isso se acrescenta honra ainda mais alta quando nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, exigindo que João o batizasse nas águas do Jordão, e sendo-lhe enviado o Espírito Santo sob a forma de uma pomba, proclamastes pelo testemunho de uma voz que em vosso Filho Unigênito estava todo o vosso amor e claramente confirmastes ser ele por excelência o Ungido com o óleo de alegria, anunciado pelo profeta Davi.
 
Todos os concelebrantes estendem a mão direita em direção ao crisma até o fim da oração, em silêncio.
Pres.: Por isso, nós vos suplicamos, ó Pai, que santifiqueis este óleo com a vossa bênção. Infundi-lhe a força do Espírito Santo, pelo poder de vosso Cristo, que deu o seu nome ao Santo Crisma, com o qual ungistes vossos sacerdotes e reis, vossos profetas e mártires. Fazei que este óleo do Crisma seja sacramento de perfeita salvação e vida para os que vão ser renovados nas águas do Batismo. Santificados por essa unção, e sanada a corrupção original, tornem-se templo da vossa glória e manifestem a integridade de uma vida santa. Segundo disposição da vossa vontade, cumulados da honra de reis, sacerdotes de profetas, revistam-se de um dom incorruptível. Para os que renascerem da água do Espírito, seja Crisma de salvação, fazendo-os participantes da vida eterna e herdeiros da glória celeste. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.
 
2.

Outra oração, à escolha:
Pres.: Ó Deus, autor dos sacramentos e dispensador da vida, damos graças à inefável bondade, pois prefigurastes na antiga aliança o mistério do óleo santificador, e, ao chegar a plenitude dos tempos, quisestes manifestá-lo de modo especial em vosso Filho amado. Pois, quando o vosso Filho, Senhor nosso, salvou os homens pelo mistério pascal, encheu o Espírito Santo a vossa Igreja e enriqueceu-a maravilhosamente de dons celestes, para que por meio dela se completasse no mundo a obra da salvação. Por este sagrado mistério do Crisma, distribuís aos homens as riquezas da vossa graça, a fim de que vossos filhos e filhas, renascidos da água do Batismo sejam confirmados pela unção do Espírito e, semelhantes então ao vosso Cristo, participem de sua missão de profeta, sacerdote e rei.
 
Todos os concelebrantes estendem a mão direita em direção ao crisma até o fim da oração, em silêncio.
Pres.: Por isso, nós vos pedimos, ó Pai, que pelo poder da vossa graça esta mistura de perfume e óleo seja para nós um sinal da vossa + bênção. Derramai profusamente em nossos irmãos e irmãs, que receberem esta unção, os dons do Espírito Santo. Fazei resplandecer de santidade os lugares e as coisas ungidos com este óleo sagrado. Fazei sobretudo que vossa Igreja cresça pelo ministério deste óleo, até atingir a medida de plenitude em que, no fulgor da luz eterna, sereis tudo para todos, com o Cristo, no Espírito Santo, pelos séculos dos séculos.
℟.: Amém.
 
Quando todo o rito da bênção dos óleos se realiza depois da liturgia da Palavra, concluída a procissão dos óleos e das oferendas, o Bispo e os concelebrantes aproximam-se da  mesa onde se fará a bênção dos óleos dos catecúmenos e dos enfermos e a consagração do crisma, procedendo-se do modo descrito acima.

Sobre as oferendas
Nós vos pedimos, Senhor de bondade, que a força deste sacrifício apague a nossa antiga culpa, renove nossa vida e nos traga a salvação. Por Cristo, nosso Senhor.

Prefácio: O sacerdócio de Cristo e o ministério dos sacerdotes
Pres.: O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.
Pres.: Corações ao alto.
℟.: O nosso coração está em Deus.
Pres.: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
℟.: É nosso dever e nossa salvação.
Pres.: Na verdade, é digno e justo, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Pela unção do Espírito Santo, constituístes vosso Filho Unigênito Pontífice da nova e eterna aliança, e estabelecestes em vosso inefável desígnio que seu único sacerdócio se perpetuasse na Igreja. Por isso, vosso Filho, Jesus Cristo, não somente enriquece a Igreja com um sacerdócio real, mas também, com bondade fraterna, escolhe homens que, pela imposição das mãos, participem do seu ministério sagrado. Em nome de Cristo, renovam o sacrifício da redenção humana, servindo aos fiéis o banquete da Páscoa, precedem o povo na caridade, alimentam-no com a palavra e o restauram com os sacramentos. Dando a vida por vós e pela salvação dos irmãos, procurem assemelhar-se à imagem do próprio Cristo, e testemunhem constantes, diante de vós, a fé e o amor. Por isso, Senhor, com os anjos e todos os santos vos exaltamos, cantando (dizendojubilosos a uma só voz:
℟.: Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do universo. O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!

Antífona da comunhão (Cf. Sl 88,2)
Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor; de geração em geração anunciarei vossa verdade.

Depois da comunhão
Nós vos suplicamos, Deus todo-poderoso, que renovados pelos vossos sacramentos, possamos nos tornar o bom odor de Cristo. Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

ⒷApós a bênção final da Missa, o Bispo impõe o incenso e organiza-se a procissão para a sacristia.
 
Os óleos sagrados são conduzidos por seus respectivos ministros logo depois da cruz. Durante a procissão o coro e o povo cantam alguns versos do hino Acolhei, ó Redentor ou outro canto apropriado.
 
ⒷNa sacristia, o Bispo, se for conveniente, lembre aos presbíteros o respeito devido aos sagrados óleos e sua cuidadosa conservação.

Os santos óleos podem ser recebidos em cada paróquia, ou antes da Missa vespertina da Ceia do Senhor, ou em outro momento mais oportuno.